A construção de um hospital totalmente dedicado ao tratamento do câncer em Brasília é uma necessidade que une pacientes, especialistas e a sociedade. Em uma capital que é referência em diversas áreas da saúde, a criação de uma unidade oncológica especializada representa um passo fundamental para oferecer um atendimento mais completo e humanizado à população.
O debate sobre o tema ganhou novo impulso com uma mobilização popular liderada pelo deputado distrital Eduardo Pedrosa (União). A campanha busca reunir assinaturas de apoio para a construção do Hospital do Câncer de Brasília, com o objetivo de transformar o projeto em uma causa de toda a cidade.
A proposta foca na união de esforços entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil para que Brasília possa se tornar uma referência nacional no tratamento oncológico, oferecendo uma estrutura moderna e um cuidado integral aos pacientes.
“Ter um hospital especializado é uma questão de dignidade e de cuidado com a vida. Brasília precisa de uma estrutura moderna, com equipe técnica capacitada, atendimento humanizado e foco total no enfrentamento ao câncer. Esse é um passo essencial para salvar vidas e oferecer esperança a quem mais precisa”, destacou o deputado.
Um abaixo-assinado digital foi criado para que os cidadãos possam manifestar seu apoio à causa. A intenção, segundo o parlamentar, é demonstrar o desejo da comunidade em ver o projeto se tornar realidade. “É preciso tirar o Hospital do Câncer do papel. Essa não é uma pauta de gabinete ou de partido, é uma pauta de Brasília. Milhares de pessoas enfrentam, todos os dias, a dificuldade de conseguir diagnóstico e tratamento adequados. Muitas acabam tendo que buscar atendimento em outros estados, longe da família e de suas rotinas. Isso não pode mais acontecer”, afirmou Pedrosa.
Atualmente, o atendimento oncológico no Distrito Federal é realizado em hospitais gerais, que, apesar da dedicação de suas equipes, lidam com uma alta demanda de diversas especialidades. Um centro dedicado exclusivamente ao câncer permitiria otimizar o fluxo de atendimento, desde o diagnóstico até tratamentos como quimioterapia e radioterapia, além de fortalecer o suporte contínuo aos pacientes. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, mais de 4 mil novos casos de câncer são diagnosticados anualmente na capital. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) também projeta um aumento no número de casos em todo o Brasil na próxima década, o que reforça a importância de investimentos em estrutura e prevenção.
O projeto do Hospital do Câncer de Brasília é inspirado em modelos de sucesso, como o Hospital de Amor, em Barretos (SP), reconhecido internacionalmente pela excelência e pelo tratamento humanizado. A ideia é trazer para a capital do país uma estrutura de alta complexidade, com setores de radioterapia, quimioterapia, cirurgia oncológica, diagnóstico por imagem e pesquisa.
Para Eduardo Pedrosa, o exemplo de Barretos é inspirador. “Barretos se tornou símbolo de esperança porque tratou o câncer com humanidade e estrutura. O DF, como capital do país, deveria estar à frente nessa pauta. Temos a responsabilidade de mostrar que o poder público pode oferecer tratamento de excelência e gratuito para quem mais precisa”, defendeu o parlamentar.
A mobilização, que ocorre após o Outubro Rosa e durante o Novembro Azul, aproveita o momento de conscientização para reforçar a importância da causa. A campanha também busca reunir depoimentos de pacientes e familiares, mostrando o lado humano da necessidade. “Queremos que a voz das pessoas seja ouvida. Quando a população participa, o tema ganha força. O Hospital do Câncer precisa ser uma prioridade de governo e uma política de Estado”, completou.
O abaixo-assinado está disponível online e pode ser assinado por qualquer morador do Distrito Federal. A iniciativa representa um esforço coletivo para que a oncologia receba a atenção necessária em Brasília. “A capital do Brasil não pode continuar sem um hospital do câncer. Isso é uma questão de respeito, de empatia e de responsabilidade com a vida”, concluiu o deputado.






